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81. É sábio traçar a linha de separação entre passado e futuro. É impossível enumerar tudo o que tem sido feito — é incomensurável. É melhor dizer: «O ontem já se apagou; aprendamos como encon­trar uma nova alvorada». Nós todos crescemos, e nossos trabalhos estão se expandindo conosco. De­pois de vinte e sete anos ninguém é um jovem, e nós podemos, então, compreender a realização do Serviço. É indigno remexer na poeira do ontem. De hoje em diante, estabeleçamos um novo degrau. Comecemos a trabalhar, rodeando-nos com mil olhos. Adquiramos pureza de pensamento e comensurabilidade de ações. Assim enchamos nossos dias; acostumemo-nos a mobilidade e decisão. Do mesmo mo­do, não esqueçamos de que nada há na Terra mais elevado que o Plano dado para o Bem Comum. Ma­nifestemos compreensão dos Ensinamentos de vida. Como Moisés trouxe dignidade humana, como Buda impeliu em direçâo à ampliação da consciência, co­mo Cristo ensinou a vantagem de dar, e como o No­vo Mundo está dirigido para os mundos distantes! Meditai, que comparações nos cercam! Meditai so­bre a pedra angular. Refleti sobre o caminho dado. Meditai como as fronteiras do Cosmos vos tocam. Recordai os passos das tensões maravilhosas, não num livro, mas na vida. Refleti que muita coisa não foi levantada e absorvida, e vós ainda permaneceis em vosso lugar. Por esta razão, não fiqueis desa­lentados pelos erros, mas elevai-vos pela Hierarquia do Ensinamento.

82. No dia de iniciar o novo degrau, falemos sem censura sobre o grande momento em que apren­demos a nos desligar da Terra e, ainda em corpo, associarmo-nos com os Mundos Superiores.

Ninguém está privado de nada; vinde, estendei vossa mão para a ceia do espírito. Afirmai o espí­rito afastando-se da matéria, e lembrai como treme o coração diante do esplendor das montanhas.

Minha palavra deve afirmar-vos na beleza da realização espiritual. Iniciando o caminho, abandonemos as regras de ações; reunamos novamente a consciência acima da terra. É belo já ter o corpo sutil e não mais ser o espírito perturbado face aos vôos distantes. Por conseguinte, regozijemo-nos a cada movimento na crosta da terra — durante eles aprendemos, por assim dizer, a voar.

Voar — que bela palavra! Nela já está conti­da a promessa de nosso destino. Quando houver dificuldades, pensai sobre vôos; que cada um pen­se sobre asas. Eu envio aos ousados todas as correntes do espaço!

83. Verdadeiramente, é necessário ter dez vie­las de saída para um só incêndio. Forte é uma ação quando há dez soluções por trás dela. Os inexpe­rientes necessitam um incêndio por trás deles, mas aqueles que foram chamados podem encontrar todas as entradas abertas.

Deve-se estar apto a saber como se dobra a lâ­mina da espada do inimigo; a saber sorrir quando é ouvido o pisar do cavalo do inimigo; a saber perce­ber que a flecha voa acima da cabeça, para não se abaixar.

84. É difícil aceitar o grande, mas é ainda mais difícil, com uma consciência ampliada, aceitar o pe­queno. É difícil aplicar uma capacidade de grande entendimento a uma realidade pequena. Como se pode enfiar uma grande espada numa pequena bai­nha?

Só uma consciência provada compreende o va­lor da semente da realidade. O reino não está nas coroas nem nas multidões, mas na expansão cósmica das idéias. Assim, os Ensinamentos de vida se complementam uns aos outros, não necessitando atrair multidões.

Foi-vos dito que Eu darei um terceiro livro, quan­do a comunidade for aceita. Todavia, Nós não ne­cessitamos de multidões; mas somente necessita­mos das consciências daqueles que aceitam. É por isto que Nós damos o terceiro livro. Por conseguin­te, reiteramos as facetas da Verdade, e por isso pre­ferimos abençoar o nascimento, em vez de Nos preo­cuparmos com procissões funerárias.

Para alguns, é necessário trombotear o Ensina­mento nos ouvidos, para outros, pode-se colocar so­mente os marcos, para outros ainda, é suficiente dar apenas sugestões monossilábicas, se suas consciên­cias podem aceitar mesmo tão pouco. Como, en­tão, o Ensinamento saúda aqueles que podem acei­tar cada migalha, apreciando o significado universal de cada uma!

Cada desintegração de eons desloca mundos in­teiros. Por essa razão, os vossos pensamentos são chamados para a preservação da energia mental.

85. Cada organismo é movimentado por uma energia especial, mas é necessário estabelecer a direção precisa da aspiração básica. Uma vez, os dis­cípulos perguntaram ao Abençoado: «Como enten­der o cumprimento do mandamento de renúncia da propriedade?» Depois de haver um discípulo aban­donado tudo, o Mestre continuou a reprová-lo na questão das propriedades. Um outro permaneceu cercado de objetos e, ainda assim, não atraiu censura. O sentimento de posse é medido não por objetos, mas por pensamentos. Assim, a comunidade deve ser aceita pela consciência. Pode-se ter objetos e, ainda assim, não ser um proprietário.

O Mestre envia votos de que a evolução cres­ça legitimamente. O Mestre sabe distinguir aqueles que libertaram suas consciências. Assim falou o Abençoado; e Ele pediu para não pensar absolutamente sobre a posse da propriedade, já que a renún­cia é uma purificação do pensamento. Pois somen­te através de canais purificados pode a aspiração básica fazer o seu caminho.

86. Eu me recordo de uma história ouvida por Akbar. Um soberano perguntou a um sábio: «Como distinguis um ninho de traição, de uma fortaleza de fidelidade?» O sábio apontou para uma multidão de cavaleiros vestidos pomposamente e disse: «Eis aí um ninho de traição». Em seguida, ele indicou um viajante solitário e disse: «Eis aí uma for­taleza de fidelidade, pois a solidão não pode ser traída». E daquele dia em diante, o soberano cer­cou-se de fidelidade.

O Mestre aceitou a medida completa da fideli­dade. Minha Mão está para a mão do viajante como o fogo na escuridão. Meu Escudo tem a tran­qüilidade das montanhas. Eu sei, Eu sei, como restringem a manifestação da Minha Comunidade. A revelação das bases da construção é manifestada em quietude.

A compreensão da matéria só pode crescer on­de a traição é impossível.

87. Quando uma dificuldade com uma herança se apresenta, pode ser dito que é possível deixar pa­ra a comunidade o desejo de que o uso de certos objetos seja dado a uma determinada pessoa, por um período de experiência de três anos. Assim, a he­rança será transformada em uma cooperação dos dig­nos. Pode-se confiar a pessoas especialmente es­colhidas o cuidar da qualidade dos trabalhos. É ne­cessário encher a consciência com uma compreen­são de prova contínua, pois as pessoas ainda não sabem trabalhar sob prova. Entretanto, toda a subs­tância do mundo está empregada em mútuo testar. Somente que o testar deve ser compreendido como aperfeiçoamento.

88. Nós sempre começamos com um esboço muito pequeno. Isto é uma experiência de muitos séculos e é um princípio cósmico básico. Uma se­mente sólida e indivisível produzirá um crescimento de elementos. Mas vacilação e insensibilidade na repetição resultam em névoa. A sensibilidade do princípio vital obriga a economizar as firmes se­mentes. Assim, o químico avalia os corpos indivisíveis. Verdadeiramente, a unidade estrutural deve ser inviolável, quando tenha sido criada pela neces­sidade de evolução. Poder-se-ia entender a distin­ção entre aquilo que é permitido e aquilo que é in­questionavelmente dado.

89. Nossa Comunidade não necessita afirma­ções e juramentos. Os esforços do trabalho são genuínos e as exigências do dever não são esquecidas.

Será possível a prolixidade quando vidas têm sido tomadas em custódia — onde uma hora pode se tornar a maior medida? Poder-se-ia desperdiçar as possibilidades do tempo, quando espírito e movimento estão sendo negados? É necessário vencer a timidez, sentir o vórtice da espiral e, no coração do vórtice, ter a tranqüilidade da coragem.

Eu tenho falado tanto sobre coragem e contra o medo porque temos somente um método científi­co cósmico! Na entrada, deve-se tomar em conside­ração para si mesmo, onde está o medo e se a cora gem está firme.

Eu não vejo um único detalhe da dialética ou da metodologia. Nós conhecemos somente as flores austeras da necessidade. E é necessário alcançar-Nos carregando uma consciência de irrevogabilidade.

Austeridade não é insensibilidade, e irrevogabi­lidade não é limitação. Em presença de toda a gra­vitação da Terra, senti o vórtice do espaço, e estendei a mão para os mundos distantes. É impossível forçar a sensação da percepção dos mundos; mas, de fato, através dessa consciência, nós aceitamos tra­balho responsável e nos dedicamos ás reais pos­sibilidades de evolução.

90. A fim de entender mobilidade de ações, de­ver-se-ia turvar a superfície da água numa bacia e observar a imobilidade das camadas inferiores do fluido. Mas é necessário agitar a superfície de ma­neira suficientemente forte para que o ritmo possa atingir o fundo sem que se quebre. As forças nega­tivas não têm um conduto para o fundo, porque para isto, é necessário decompor a substância primá­ria; tal experiência está além de suas forças.

Os recém-chegados freqüentemente perguntam onde está a linha de fronteira entre uma camada mó­vel e um fundamento incontestável. De fato, não po­de haver fronteira estabelecida, mas a lei de refração está estabelecida, e uma flecha não pode che­gar sem cruzar a linha anteriormente fixada.

Como, então, prevenir o ataque às camadas? De fato, é necessário instalar firmes colunas, as quais quebrarão uma corrente. Eu tenho mencionado o eixo do espírito no centro de uma espiral. Lembrai-vos desta estrutura, porque a firmeza circundada por movimento centrífugo, pode resistir a todas as agi­tações. A estrutura de nossa Comunidade evoca os mesmos eixos circundados por poderosas espirais. É a melhor estrutura para a batalha cujo resultado final já está decidido. Assim, é necessário entender materialmente Nossas estruturas. E por que é ne­cessária uma abstração ininteligível, quando o prin­cípio do Cosmos é um só? O sistema de cresci­mento dos cristais também demonstra quão multifor­me é o mundo da gravitação. Os que buscam de­vem compreender que se tem de prosseguir por li­nhas materiais na busca do conhecimento mais ele­vado. Quem não ame a claridade dos cristais não Nos alcançará. A pura ausência de repetição con­duz a forma à perfeição. Pode-se mostrar um cris­tal a uma criança e ela entenderá a sua perfeição. De fato, a estrutura do cristal da comunidade produzirá a perfeição da forma.

91. Por que é necessário sermos grosseiros? Por que é necessário criar uma impressão de sermos ignorantes? Por que devem aqueles que aderem a Nós ser negligentes? Por que devem eles adotar um modo bulhento quando uma disputa está em curso? Por que devem eles tagarelar sem parar? Passai ao largo da imundície desnecessária. Vós vedes quão necessário é enfatizar cada detalhe; de outra forma, os hábitos de Nossa Comunidade não serão fortale­cidos em vós.

A disciplina da liberdade distingue Nossas co­munidades. Não apenas o espírito é disciplinado, mas também as qualidades das ações externas. Não é Nosso costume nos lamentarmos muito. Não é Nos­so costume censurar muito. Não é Nosso costume superestimar as pessoas. Não é Nosso costume es perar muito. É necessário estar apto a substituir um plano complicado por um simples — nunca o contrá­rio — pois Nossos adversários agem do simples para o complexo. Pensai em como fortalecer vossos amigos.

Mantende ar puro em vossas moradias, enviai para aqueles que chegam os melhores desejos, e es­perai por Nós intensamente. Que cada comunidade espere seu Mestre, pois uma comunidade e um Mes­tre constituem as extremidades de uma mesma e só coluna. Mesmo nas ninharias diárias, é necessá­rio lembrar do alicerce de casa. Novamente nós che­gamos à necessidade de mudar a qualidade da consciência; então, a transição é fácil.

92. Mãos ameaçadoras não vos atingem quan­do vós prosseguis cercados pela espiral da devoção. Se, através da grosseira visão física, o olho pudesse ver a armadura da devoção, então o homem já não estaria em um estado de consciência mais baixa. Lições de vidas anteriores não atingem olhos fechados. Verdadeiramente, todo aquele que se apro­xima de Nossa Comunidade com consciência des­gastada, fica sem asas sobre o abismo. Todo aque­le que tenta se aproximar de Nós com orgulho, será destruído como se fosse por uma explosão de ozo­na. Como explicar, porém, que Nós não destruímos, mas o orgulhoso é que se destrói a si mesmo? Da mesma forma perece aquele que entra num paiol de pólvora com calçado metálico. Saber como usar cravos de aço nos sapatos faz um bom corredor, mas qualquer trabalhador aconselha a usar sapatos macios quando caminhar numa superfície explosiva. Por isso, para uma atmosfera saturada, é preciso um pára-choque.

Eu me reporto ao Abençoado. Quando ele foi às montanhas, dividiu o seu tempo para facilitar a viagem. Assim é obtida economia de energia. Na verdade, esta é a única economia admissível e justificável; de outra forma, podem ser formadas fendas entre os mundos, e quem sabe com que gás elas po­dem ser enchidas? Eu posso vos aconselhar a con­servar energia, pois cada inútil desperdício golpeia o espaço a longas distâncias, como se fosse por um fio metálico. É necessário cuidar do Cosmos em cada folha de grama, se estamos prontos a nos tornar cidadãos do universo.

93. Eu falo sobre a qualidade das viagens. É necessário assimilar o conhecimento de como viajar! É necessário não somente desprender-se do lar, mas também vencer o próprio conceito de lar. Seria mais preciso dizer que se deve ampliar o conceito do lar. Onde nós estamos — há lar. A evolução rejeita o sig­nificado de prisão para o lar. O progresso na liberta­ção da consciência produzirá a possibilidade de tor­nar-se de fácil movimentação. E nem façanha, nem privação, nem exaltação, mas qualidade de consciéncia habilita a desembaraçar-se de um lugar em que se está acomodado. Em um lugar há muito ocupado, há bastante esfumaçamento, bastante azedume e pó. Nós nos opomos à vida solitária do eremitério, mas pequenas casas com atmosfera bolorenta são pio­res que cavernas. Nós chamamos aqueles que po­dem dar expansão ao pensamento.

Eu desejo ver-vos em movimento sobre a face do mundo quando todas as fronteiras nacionais, em virtude de sua multiplicidade, estiverem apagadas. Como podemos voar quando alfinetados por um pequeno prego! É preciso refletir sobre a necessidade da viagem para a humanidade.

94. Freqüentemente falais sobre as imperfeições nos livros existentes. Eu digo mais: os erros nos livros são iguais a um grave crime. A falsidade em livros deve ser denunciada como uma grave ca­lúnia. A falsidade de um orador é denunciada de acordo com o número de ouvintes. A falsidade de um autor, de acordo com o número de cópias ven­didas de seu livro. Encher as bibliotecas públicas com falsidade é uma grave ofensa. É necessário perceber a verdadeira intenção do autor, a fim de avaliar a qualidade de seus erros. A ignorância se­rá a pior base. O medo e a baixeza ocupam o lu­gar seguinte. Nenhuma destas qualidades é permis-sível à comunidade. Efetuar a sua remoção na no­va construção é uma necessidade. Medidas proibi­tivas, como sempre, não são convenientes; mas um erro descoberto deve ser removido do livro. A ne­cessidade de tal remoção, e a reimpressão do livro, farão o autor voltar à razão. Todo cidadão tem o direito de provar um erro. De fato, não se devia impedir novas perspectivas e estruturas; mas dados incorretos não devem levar ao erro, porque o conhe­cimento é a armadura da comunidade, e a defesa do conhecimento é o dever de todos os membros.

Não mais que um ano deve decorrer antes que os livros sejam verificados; de outra forma, o núme­ro de vítimas será grande. É especialmente neces­sário ficar em guarda sobre o livro quando seu mé­rito é proclamado. As prateleiras das bibliotecas es­tão cheias de abcessos de falsidade. Não devia ser permitido preservar estes parasitas. Vós podeis propor a alguém dormir numa cama humilde, mas é impossível sugerir a leitura total de um livro falso.

Para que transformar o melhor canto do lar num bufão mentiroso? Precisamente, maus livros põem em desordem a consciência das crianças. O pro­blema do livro deve ser esclarecido!

95. Uma vez, uma mulher parou entre as imagens do Abençoado Buda e Maitreya, não sabendo a Quem oferecer sua reverência. E a imagem do Abençoado Buda proferiu estas palavras: «De acordo com a Minha Promessa, reverenciai o futuro. Per­manecendo em defesa do passado, dirigi vossa con­templação para a aurora».

Lembrai-vos de como Nós trabalhamos para o futuro, e dirigi todo o vosso ser para o futuro! Nos raios do conhecimento, Nós trazemos um Ensinamento estranho para o mundo, pois a luz do mundo está coberta pelas trevas.

96. A aceleração das datas é necessária; de outro modo, a ignorância se tornará solidificada. To­das as úlceras têm sido amontoadas sobre o limiar do Novo Mundo. O torvelinho tem varrido montões de entulho. A sabedoria de olhar corajosamente nos olhos das abominações da ignorância põe em execucão medidas extraordinárias. Finalmente, dever-se-ia saber como indicar o mérito das pessoas úteis. Por que as pessoas capazes deveriam perecer no meio de cadeias de preconceitos?

Deve-se perguntar às crianças se elas podem parar de temer parecer absurdas aos olhos da multidão. Estão elas prontas a renunciar ao conforto pessoal por causa do Novo Mundo? É preciso perguntar de maneira severa, pois a chama manifestada não teme o vento.

        A devoção transporta sobre o abismo, mas a palpitação da sensibilidade deve dar asas a esta de­voção.

97. No caminho, não descanseis sob uma árvo­re apodrecida. Na vida, não tenhais ligações com pessoas de consciência apagada. Uma consciência não desenvolvida não é tão infecciosa como uma apagada. A consciência apagada é um verdadeiro vampiro. É impossível saciar o abismo da consciência ignorante. Precisamente estas pessoas absor­vem energia alheia em vão. Como resultado de es­tar com elas, sente-se enorme fadiga. Elas devem ser evitadas como um mau cheiro, de modo a barrar o caminho dos fluidos da decomposição. É difícil distinguir a linha de fronteira entre falta de desenvolvimento e extinção. Mas uma qualidade será in­questionavelmente indicativa: a falta de desenvolvimento será ou pode ser acompanhada pela palpi­tação de devoção, mas uma cratera extinta está cheia de cinzas e enxofre. O Ensinamento não recusa despender energia no não desenvolvido, mas há um grau de extinção no qual o abismo não pode ser inun­dado com uma nova substância. Somente um cata­clismo, com seu terror de imprevisibilIdade, pode fundir uma lava congelada.

Lembrai-vos do tesouro da consciência. A tre­pidação da substância do Cosmos manifesta a pul­sação da consciência despertando. De fato, o arcoíris do conhecimento dimana do tremor da consciên­cia — uma corrente visível, de uma fonte invisível.

Através de todas as experiências do passado e todas as aquisições do futuro, recordai-vos da cons­ciência.

98. Quando está frio, até um cão aquece al­guém. Há, de um modo sem precedentes, poucas pessoas; por conseguinte, é mesmo impossível afu­gentar até deploráveis adversários, se neles a célu­la do espírito não foi coberta pelas ervas daninhas.

Eu desejo recordar-vos como o Abençoado mos­trou consideração mesmo para com os adversários. Este livro é lido na entrada para a comunidade. O recém-chegado deve ser prevenido sobre todas as suas perplexidades. Freqüentemente parece que as contradições são insolúveis. Mas caminhante, onde estão as contradições quando vemos, somente, uma abundância de sinais no caminho? O abismo está barrado pela montanha, e a montanha está limitada pelo mar. Os calçados para as montanhas não ser­vem para o mar. Mas aqueles que entram estão obrigados a trocar de armadura a cada hora. Nãq somente mobilidade, não somente rapidez de pen­samento, mas o hábito de mudar de armas é neces­sário. Não é tão fácil acostumar-se a mudar de ar­mas. Ao lado do sentimento de posse, permanece o hábito, e é difícil substituir o habituar-se aos obje-tos por adaptabilidade de consciência. Para um pensamento superficial, pode parecer mero jogo de palavras, mas como se torna necessário para os lí­deres que guiam os destinos das nações entender esta distinção de conceitos!

É impossível, para uma consciência envenenada, distinguir momentos de liberdade e de escravidão. O homem que está perdido em conjecturas sobre onde está a escravidão e onde a liberdade, é inapto para pensar sobre a comunidade. O homem que oprime a consciência de seu irmão não pode pensar sobre a comunidade. O homem que distorce o En­sinamento não pode pensar sobre a comunidade. A base da comunidade repousa na liberdade de pensa­mento e na reverência pelo Mestre. Aceitar o Mes­tre significa tomar posição com os trabalhadores que combatem o fogo. Se todos correm da fonte para o incêndio sem qualquer ordem, a fonte será pisada sem benefício.

É melhor compreender o cuidado na consciên­cia; isto salvaguardará o conceito do Mestre. Claro que o Mestre, claro que o conhecimento, claro que a evolução do mundo servirão como caminhos para os mundos distantes!

Nós escreveremos sobre os mundos distantes no livro «O Infinito». Agora, recordemos que as por­tas da Comunidade conduzem para os mundos dis­tantes.

99. Um selo é o guardião de um segredo. O segredo tem existido em todos os tempos. Onde o conhecimento é pequeno, o segredo deve ser usado. É terrível pensar que uma certa qualidade de cons­ciência não é, de modo algum, diferente do grau da idade da pedra. O pensamento alheio, não huma­no, não deseja avançar; de fato, não o deseja.

O Mestre pode derramar conhecimento, mas ele serve muito mais para a saturação do espaço; por conseguinte, um mestre não está solitário ainda que sem discípulos visíveis. Lembrai-vos disto, vós que vos aproximais da comunidade! Lembrai-vos do se­gredo para não desesperar.

O segredo do futuro repousa na impetuosidade do empenho. A erupção de um vulcão não pode ser retardada; da mesma forma, o Ensinamento não po­de ser adiado. A indicação de um certo tempo não permite demora — quer ele flua no cálice da cons­ciência ou se eleve no espaço. É impossível calcu­lar quando a consciência individual ou quando o fator espaço é o mais importante. E nesse momento, quando o mais próximo não ouviu bem, o eco do es­paço retumba. Por conseguinte, ao vos aproximar­des da comunidade, não vos desespereis.

O livro «O Chamado» não conheceu obstáculos. O livro «Iluminação» é como uma pedra. O livro «Comunidade» é como um navio diante da tempes­tade, quando cada vela e cada cabo adquirem vida.

A manifestação da comunidade é como uma combinação química, por conseguinte, sede puros, sede penetrantes, e esquecei as cadeias da negação. Através da proibição da negação, não imiteis os ti­ranos e os fanáticos. Através da ignorância e da presunção, não vos torneis comparáveis a tolos en­feitados.

De fato, a comunidade não admite o ladrão que, através do roubo, afirma o pior aspecto da posse Manifestai austeridade, sabei como respeitar o segredo a ponto de não repetir uma data para si próprío — sede como uma pedra que, jogada na água não volta mais.

100. Compreendei o Ensinamento: compreen­dei que sem o Ensinamento não se pode progredir. Esta fórmula deve ser repetida, pois na vida, muito é feito sem o Ensinamento. O Ensinamento deve co­lorir toda ação e toda fala. Este colorido, como o de um belo tecido, adornará os efeitos da fala. A qualidade de um envio deve ser julgada de acordo com os efeitos. Deve-se ficar acostumado ao fato de que o próprio envio pode parecer ininteligível, pois somente seu significado oculto tem um escudo.

Acostumai-vos a pôr significação em cada fala, erradicando a tagarelice desnecessária.

É difícil renunciar ao sentimento de posse; da mesma forma é difícil vencer a tagarelice.

101. Sabei como aceitar quando fordes chama­dos de materialistas. Em ações e em pensamentos, nós não podemos estar isolados da matéria. Nós nos voltamos para as camadas superiores ou para os mais grosseiros aspectos da mesma matéria. É possível demonstrar cientificamente estes interrelacionamentos. É possível provar, também cientifica­mente, como a qualidade de nosso pensamento age na matéria.

O pensamento egotista atrai as camadas infe­riores da matéria, pois esta forma de pensamento isola o organismo — como um só ímã não pode atrair mais do que permite a sua própria intensidade. É outra coisa quando o pensamento procede numa es­cala mundial; disto resulta, por assim dizer, um gru­po de ímãs, e pode ser obtido acesso às camadas superiores.

É mais fácil observar num aparelho sensível que fixa a qualidade do pensamento. É possível ver es­pirais vindo de cima ou mergulhadas num vapor es­curecido — a mais demonstrativa ilustração da mate­rialidade do pensamento e da qualidade do potencial interno. Estas simples manifestações apresentam um duplo significado: primeiro, elas denunciam os igno­rantes que imaginam a matéria como algo inerte e falto de qualquer coisa em comum com o princípio da consciência; segundo, elas têm um significado pa­ra aqueles buscadores que darão conta a si mesmos da qualidade de seu pensamento.

É instrutivo observar como o pensamento infec­ta o espaço — pode-se fazer uma analogia com o processo do tiro. A bala voa longe, mas a dissipa­ção da fumaça depende das condições atmosféricas. A densidade da atmosfera força a fumaça, por mui­to tempo, a encobrir o crepúsculo matutino. Por is­so, cuidai de vosso pensamento. Também, aprendei a pensar bela e brevemente. Muitos não vêem a diferença entre um pensamento para ação e um re­flexo do cérebro. É necessário saber como inter­romper espasmos reflexivos que conduzem à semi-consciência. O desenvolvimento da atividade refle­xiva é semelhante à embriaguez.

A comunidade é alcançada na claridade de pen­samento. A manifestação do pensamento produz uma clara, inexprimível responsabilidade. Nós esta­mos muito cuidadosos em que a compreensão da responsabilidade não vos abandone.

102. É necessário guiar a educação de um po­vo desde a instrução primária das crianças, desde a mais tenra idade. Quando mais cedo, melhor. A-creditai que o cansaço do cérebro somente ocorre por causa da tardeza. Cada mãe, aproximando-se do berço de sua criança, pronunciará a primeira fór­mula de instrução: «Você pode fazer tudo». Proi­bições não são necessárias; mesmo o perigoso não deve ser proibido. É melhor, em lugar disso, voltar a atenção simplesmente para o mais útil e o mais atrativo. Essa educação será a que melhor pode realçar a atração do bem. Com isso, não é neces­sário mutilar belas Imagens por causa de uma ima­ginada não-compreensão infantil; não humilheis as crianças. Lembrai firmemente que a verdadeira ciên­cia é sempre atraente, breve, precisa e bela. É ne­cessário que as famílias possuam pelo menos, um embrião de entendimento de educação. Depois da idade de sete anos, muito já está perdido. Usual­mente, depois da idade de três anos, o organismo está pleno de percepções. Durante os primeiros passos, a mão do guia já deve voltar a atenção para os mundos distantes, e indicá-los. O Infinito deve ser sentido pelo olho jovem. Justamente, o olho deve se acostumar a admitir o Infinito.

É também necessário que a palavra expresse o exato pensamento. Deve-se expulsar a falsidade, a grosseria e o escárnio. Traição, mesmo em embrião, é inadmissível. Trabalhar «como os grandes» deve ser encorajado. Somente até o terceiro ano, a cons­ciência abraça com facilidade a idéia de comunidade. Que erro pensar que se deve dar a uma crian­ça suas próprias coisas! Uma criança pode facil­mente compreender que as coisas podem ser possuí­das em comum.

A consciência de que «Eu posso fazer qualquer coisa» não é uma vanglória ociosa, mas somente a conscientização de um mecanismo. O mais desgra­çado ser pode encontrar a corrente para o Infinito, pois cada trabalho, em sua qualidade, abre as fecha­duras.

103. As escolas devem ser um baluarte de a-prendizado, em toda a plenitude. Cada escola, desde a mais primária até a mais alta instituição, deva ser um elo vivo entre todas as escolas. O estudo deve ser continuado durante a vida inteira. O co­nhecimento aplicado deve ser ensinado, sem se afastar da ciência histórica e filosófica. A arte de pen­sar deve ser desenvolvida em cada trabalhador. Somente então ele alcançará a alegria do aperfeiçoa­mento e saberá como fazer uso do seu lazer.

104. Cada escola deve ser uma verdadeira união educacional. Nas escolas deve haver um útil museu no qual os próprios alunos tomem parte. De­ve haver um grupo cooperativo, e aos alunos deve ser ensinada tal cooperação. Todas as manifesta­ções da arte devem ser incluídas. Sem os caminhos da beleza, não pode haver educação.

105. O período de estudo será uma hora agra­dável, quando o professor apreciar as capacidades dos alunos. Somente o discernimento das capacidades leva a um tratamento justo para com os futuros trabalhadores. Freqüentemente, os próprios es­tudantes não compreendem seu destino. O profes­sor, como um amigo, prepara-os na melhor direção. Nenhuma coação é aplicável em escolas. Somente a persuasão pode ser adequada para o aprendizado. Mais experiências, mais conversações — que alegria há na aplicação das próprias forças! Os pequenos amam o trabalho dos «grandes».

106. Quando a família não sabe como, que a escola ensine limpeza em todos os modos de vida. A sujeira não vem da pobreza, mas da ignorância. A limpeza na vida é o limiar da pureza do coração. Quem, então, não deseja que o povo seja puro? De­ver-se-ia equipar as escolas de tal maneira que elas fossem viveiros para o adorno da vida. Cada objeto pode ser considerado do ponto de vista do amor. Cada coisa deve ser feita participante numa vida fe­liz. A cooperação ajudará a encontrar uma forma de vida doméstica. Onde uma pessoa sozinha não encontra a solução, aí a comunidade será de ajuda. Não os lutadores profissionais, mas os que criam se­rão o orgulho do país.

107. A escola não deve somente transmitir amor aos livros, mas ensinar como ler — e o último não é mais fácil que o primeiro. É necessário saber como concentrar o pensamento de forma a penetrar num livro. Não o olho, mas o cérebro e o coração fazem a leitura. O livro não ocupa um lugar de hon­ra em muitos lares. É um dever da comunidade afir­mar o livro como um amigo do lar. A cooperativa, primeiro que tudo, tem uma estante cujo conteúdo é muito extenso. Haverá descrições dos tesouros da pátria e de suas ligações com o mundo. Os heróis, os criadores e os trabalhadores serão revelados; e os conceitos de honra, dever, e obrigação para com o próximo, bem como piedade, serão afirmados. Ha­verá muitos exemplos que estão chamando ao apren­dizado e às descobertas.

108. A escola ensinará respeito pelas invenções úteis, mas advertirá contra uma escravidão à máqui­na. Todas as formas de escravidão serão destruí­das como sinais de trevas. O professor será um mestre que guia — um amigo que indica um cami­nho mais curto e melhor. Não o processo de coação, mas o sorriso de chamada. Mas se nas esco­las da vida, a traição tiver surgido, então a mais se­vera condenação porá um fim a tal loucura.

109. As escolas determinarão onde está a pre­guiça, onde uma extraordinária estrutura de caráter, onde loucura e onde a necessária compreensão.

110. Entre os assuntos escolares, que sejam en­sinados os fundamentos da astronomia, mas que ela seja apresentada como o limiar dos mundos distan­tes. Assim, as escolas semearão os primeiros pen­samentos sobre a vida nos mundos distantes. O es­paço se tornará vivo, a astroquimica e os raios com­pletarão a noção da magnitude do Universo. Os cora­ções jovens se sentirão não como formigas sobre a crosta terrestre, mas como portadores do espírito responsável pelo planeta. Fixemos a atenção nas es­colas, pois delas procederá a afirmação de coope­ração. Não haverá construção sem cooperação.

Não haverá firmeza de estado e união enquanto o velho egoísmo mantiver poder.

111. Muitos avisos foram dados contra o egoís­mo. Este mortal irmão da ignorância fere e extingue os melhores fogos. Não considereis fora de lugar uma lembrança sobre egoísmo durante o estabeleci­mento de cooperativas. Pelo contrário, cada estatu­to deve ser escrito não para si mesmo, mas para ou­tros. Entre vários apelativos, a palavra «amigo» se­rá a mais cordial. De fato, o coração não ad­mite egoísmo. O coração vive por auto-abnegação. Assim, forte é o coração quando ele está atento ao futuro, não pensando em si mesmo.

112. É uma coisa muito útil estar apto a com­binar a ternura do amor com a austeridade do dever. A nova vida não será acovardada por oposições. Ela não exercerá coação com um jugo, mas dará lar­gueza de receptividade. Não é próprio para pes­soas morar em casa de pombo. É tempo de conhe­cer o planeta e de ajudá-lo. As pessoas não podem se acalentar calculando quantos anos ainda há an­tes que o Sol esteja extinto. Um grande número de variadas condições pode transtornar todos os cál­culos. Também não pode ser esquecido que as pes­soas podem se destruir mutuamente. Esta conside­ração não deve ser esquecida, uma vez que a malig­nidade está inundando a Terra.

113. Cupidez é ignorância grosseira. Somente a verdadeira cooperação pode guardar de tal sarna maligna. Um homem avaro tem um selo em sua fa­ce. Ele não está ligado ao coração; sua taça é amarga. E para o homem avaro, o Mundo Sutil é somente uma fonte de tormento.

114. As pessoas estudam a vida das abelhas, das formigas, dos macacos, e elas se assombram com as aves migratórias, com sua ordem e precisão de rumo; entretanto, de tudo isto, elas não extraem as devidas deduções para o melhoramento da vida terrestre. A História Natural deve ser ensinada nas escolas tão completa e atrativamente quanto possível. Através de exemplos dos reinos vegetal e animal, devia-se dar a entender que tesouros estão contidos no homem. Se os organismos comparativamente mais baixos sentem os fundamentos da existência, então muito mais deve o homem aplicar seus esfor­ço para um bem sucedido progresso. Muitas indicações valiosas são reveladas em toda parte. Que desde as primeiras lições, os alunos se regozijem com as maravilhas da vida. Da mesma forma, que eles apreendam como fazer uso de vôos e de clariaudiência. Assim, a clariaudiência será uma condição natural. Da mesma forma, o Mundo Sutil se­rá estudado, junto com as energias sutis. Não ha­verá nenhuma linha divisória entre físico e metafísi­co, pois tudo existe — o que significa que tudo é perceptível e cognoscível. E assim, superstições e preconceitos serão destroçados.

115. Ninguém ousa se levantar contra a esco­la, mas há poucos que pensam sobre sua melhoria. Programas escolares não são examinados durante anos, e enquanto isto, descobertas estão em marcha. Novos dados estão se precipitando de todos os lados: as esferas do ar e as profundezas dos ocea­nos e os tesouros das montanhas, todos contam fa­tos maravilhosos sobre si mesmos. A pressa é ne­cessária, de outra forma as escavações alterarão os dados da história convencional. Nas novas escolas, as proibições devem ser removidas, a fim de que os alunos possam ver a realidade — que é maravilhosa, se revelada com veracidade. Amplo é o campo da competição mental!

116. Defendei as crianças de tudo o que é fal­so; guardai-as contra a música ruim, protejei-as da obscenidade; protejei-as de falsas competições; pro­tejei-as da afirmação de egoísmo. Tanto mais que é necessário inculcar um amor por incessante apren­dizado. Os músculos não devem ganhar domínio so­bre a mente e o coração. Que tipo de coração to­mará afeição a golpes de punho?

117. É absurdo pensar que o suor é somente uma manifestação física. Durante o trabalho mental, flui uma emanação particular, valiosa para a satura­ção do espaço. Se o suor do corpo pode fertilizar a terra, então o suor do espírito restaura o prana, ao ser quimicamente transformado aos raios do Sol. Trabalho — coroa de Luz. É necessário que os alu­nos se lembrem do significado do trabalho como um fator de criação mundial. Como resultado do traba­lho, haverá firmeza de consciência. É necessário en­fatizar fortemente a atmosfera de trabalho.

118. Pode ser perguntado: «Que traços de­vem ser valorizados num professor?» Vós já sabeis acerca da qualidade da ação, e assim podeis aplicar novos métodos na ação. Devia-se preferir aquele professor que segue pelos novos caminhos. Cada palavra sua, cada ato seu, carrega o selo de ines­quecível inovação. Esta distinção cria uma força magnética. Não um imitador, não um comentador, mas um poderoso mineiro de novos minérios. De­via-se tomar como base o chamado da inovação. Existem épocas em que só é possível ir para a fren­te. Preservemos o chamado da vontade numa marcha incessante, e não hesitemos sobre o precipício.

Deve-se dizer aos construtores da vida para en­contrar novas palavras, forjadas por nova necessi­dade. A consciência da inovação de cada hora pro­verá o impulso.

Mostrai aos amigos a felicidade que é ser eter­namente novo. E cada eléctron do Novo Mundo da­rá novo poder. Aprendei o poder do novo chamado. Vós podeis aplicá-lo na vida de cada dia. Vós sa­beis bastante bem que Minhas palavras são para aplicação.

119. Vós pensais corretamente que, sem as conquistas da técnica, a comunidade é impossível. Toda comunidade carece de adaptações técnicas, e não se pode pensar em Nossa comunidade sem sim­plificação da vida. Necessária é a possibilidade de aplicar as conquistas da ciência; de outra forma, nós nos tornaremos mutuamente pesados. Como realis­tas práticos, Nós podemos ousadamente afirmar is­to. Além disso, Nós podemos persistentemente cen­surar todos os pseudo-realistas. Sua ciência aviltada e cegueira impedem que eles consigam aquilo por que estão se empenhando.

Precisamente como os antigos fariseus, eles ocultam o temor antes de admitir aquilo que já é ób­vio para outros. Nós não amamos os ignorantes, Nós não amamos os covardes que pisam com terror as possibilidades de evolução.

Extintores de fogos, abominadores da Luz, não faz diferença seja qual for o lado de onde venhais rastejando! Vós desejais extinguir a chama do co­nhecimento; mas a comunidade ignorante é uma pri­são, porque comunidade e ignorância são incompa­tíveis. É necessário conhecer. Não acrediteis, mas conhecei!

120. Nós estamos prontos a apoiar cada inven­tor, pois mesmo o menor inventor está tentando in­troduzir um melhoramento na vida e está preocupa­do em produzir economia de energia. O Mestre re­conhece a responsabilidade e cuida da conservação da energia. Esta persistente economia permite con­fiar no discípulo. Certamente esta economia está longe da avareza. O chefe militar que cuida de suas tropas selecionadas está agindo consclentemente. Cada possibilidade se torna nosso guerreiro, mas de­ve-se entender as coisas da maneira mais abrangen­te.

Como é importante ser prudente com invenções para não privá-las de seu correto ajustamento ao objetivo! Que uma consciência de evolução mundial ajude a encontrar as flechas adequadas. Vossos ouvidos devem ouvir atentamente os passos da evolu­ção, e a resolução não deve ser fraudada.

Como é ruim o descuido num inventor, como é perniciosa uma reação impensada, como é indescul­pável um erro da ignorância!

Nós podemos apreciar o trabalho de alcance mundial do inventor, quando está conscientizada a direção da evolução mundial. Será difícil compreen­der a aplicabilidade das leis da dinâmica enquanto os fundamentos da matéria não tiverem sido assimilados.

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